Nosso Café recebe hoje a escritora Renata Soltanovitch, autora do Conto 'Antonio, o homem que limpava cadáveres”.
J.M.: Conte-nos sobre o conto “Antonio, o homem que limpava cadáveres”.
R.S.: Após a morte de sua mãe, Antonio decidiu seguir a vida e mudou de cidade. Com um curso de pedreiro no curriculum, foi trabalhar no cemitério e aprendeu a cuidar e respeitar os mortos. Solicitado pelo patrão para ajudar na limpeza e enterro de corpos vítimas de um acidente de trânsito, percebeu que era esta profissão que queria seguir. E se especializou em necromaquiagem e aprendeu com os mortos o melhor da vida.
J.M.: Quando e como você teve a ideia de escrever os livros jurídicos, e o conto?
R.S.: Os livros jurídicos foram trabalhos de mestrado e pós graduação que decidi publicar. Já os contos surgiram como histórias jurídicas, contadas de forma mais leve.
R.S.: Os livros jurídicos foram trabalhos de mestrado e pós graduação que decidi publicar. Já os contos surgiram como histórias jurídicas, contadas de forma mais leve.
J.M.: O que você acha do incentivo a arte e cultura no Brasil? Por quê?
R. S.: O incentivo a arte e a cultura no Brasil é muito pouco e burocrático para se conseguir. Sem cultura não se educa um povo. Falta mais incentivo do governo.
J.M.: O que é mais difícil no Brasil: publicar ou divulgar? E que meios usa para que ambas aconteça?
R.S.: Ambos são difíceis. Para àqueles que não tem incentivo do governo e pretendem publicar sua obra, tem que recorrer aos recursos particulares, inclusive para divulgar seu trabalho e o retorno financeiro é quase zero.
R.S.: Ambos são difíceis. Para àqueles que não tem incentivo do governo e pretendem publicar sua obra, tem que recorrer aos recursos particulares, inclusive para divulgar seu trabalho e o retorno financeiro é quase zero.
J.M.: “Antonio, o homem que limpava cadáveres” o que podemos aprender com os mortos que não aprendemos com os vivos?
J.M.: Parabéns Renata pelo Conto! Foi um prazer poder compartilhar e dividir esta obra. Muito obrigada por sua entrevista ao “Um Café e Um Livro”.
R.S.: Independentemente da crença religiosa e de seu dinheiro no bolso, a morte é certa e o iguala aos demais. Precisamos ter mais gratidão pelas coisas simples da vida.
Muito obrigada a todos que visitam e leem o Blog Divulga Autor.
"Embora o que façamos nunca venha a ser o bastante e nem o suficiente, deve ser feito tudo com dedicação, ainda que não resulte no esperado, pois, no dia em que a morte chegar, que àqueles que nos atendam para cuidar de nosso corpo inerte tenham o respeito e a acuidade de que um dia alguém habitou aquele corpo."
Compartilhem a vida, pois nunca sabemos o momento de seu encerramento.
Por: J.M
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